terça-feira, 6 de março de 2012

Entre Ateus e Fanáticos

Como humano, ser humano, pessoa e gente, que sou e somos, posso categoricamente afirmar que não sabemos viver e verdadeiramente ser felizes sozinhos, uns até tentam, mas acredito que é uma busca solitária e isto literalmente não combina com o ser feliz. Isso é para poder compreender que a religião, entra mais ou menos dentro dessa necessidade de plenitude que sempre buscamos, da sensação de estarmos verdadeiramente completos e com a mente quieta. Acho que a religião é algo vital para nós, independente de que cor e forma seja ela. Nós, como pessoas falhas e eternamente falíveis que somos, fica quase impossível viver o caos do dia-a-dia sem um cano de escape emocional e espiritual. 
Certa vez ouvi dizer que a fé é certeza das coisas que não vemos e acredito muito nisso! Afinal, não vemos nossa alma, mas a sentimos e sabemos perfeitamente da sua existência e também quando ela está em paz e quando se encontra inquieta. Vivemos numa sociedade onde várias pessoas com seus extremismos e fanatismos religiosos se tornam tão esnobes o suficiente de se acharem salvas enquanto todas as pessoas que diferem de sua denominação religiosa são impuras e queimam no fogo do inferno, pobres são essas pessoas e tolas também. Ter fé é acreditar que nós conseguiremos verdadeiramente ser melhores e que acima de tudo esse amadurecimento interno sirva para fazer o bem, transmitir o amor. 
Não serei hipócrita em dizer que a fome é algo que não incomoda, que as milhões de pessoas que moram na rua sem um teto não me incomoda e que todas as meninas que hoje estão se vendendo a preço de chiclete seja algo normal ou simplesmente um mal dos nossos tempos, NÃO consigo achar normal mesmo! E sabe o que me incomoda mais ainda é vê essas pessoas que se julgam corretas e donas do céu fazendo verdadeiras lavagens de dinheiro e mente da população, enquanto um mísero prato de comida sequer são capazes de darem aos mais necessitados. Não consigo entender fé sem ação, sem espírito de coletividade... Sem cidadania.
Como eu disse, independente de qual for a bandeira, credo ou batuque,  respeito aqueles que querem o bem e acima de tudo, os que põe esse bem em prática todo o dia. 



"O mundo é azul, qual é a cor do amor?
O meu sangue é negro, branco, amarelo e vermelho."
(Cazuza - Só se for a dois)

Vamos Viver!

Forte Abraço,
Diogo G. Brandão

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